ESTUDO DOS CASOS DE HÉRNIA INGUINAL EM CRIANÇAS DO NORTE DO BRASIL NOS ANOS DE 2015 A 2020

Ester Rocha LOPES, Emmy Lorrayne Moura MARTINS, Joyce Lisboa FREITAS

Resumo


Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes pediátricos internados com hérnia inguinal na região Norte do Brasil. Metodologia: Estudo epidemiológico descritivo quantitativo, baseado em dados obtidos por meio do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Foram incluídos todos os pacientes na faixa etária de 0 a 19 anos, internados por hérnia inguinal na região Norte do Brasil, entre os anos de 2015 e 2020. As informações foram coletadas e sistematizadas no programa Microsoft Excel. Resultados: Entre 2015 e 2020 foram datados 15.495 casos de internações por hérnia inguinal na faixa etária pediátrica em toda a região Norte do Brasil, tendo a maior prevalência no ano de 2019. Dentre os estados, o Pará obteve o maior número de casos, e, em geral, a concentração foi maior nas capitais. Observou-se também uma maior incidência no sexo masculino e na faixa etária de 1 a 4 anos. Quanto ao caráter de atendimento, os casos eletivos tiveram maior prevalência em relação aos casos de urgência. Conclusões: Conclui-se com este estudo que as hérnias inguinais são patologias altamente frequentes na infância, apresentando, no Norte do Brasil, maior prevalência em indivíduos do sexo masculino, em idade pré-escolar, operados nas capitais e com caráter eletivo. Por fim, é perceptível a escassez de trabalhos científicos voltados ao tema, sendo necessário, assim, maiores estudos com o objetivo de traçar o perfil epidemiológico dessa doença no país.

Texto completo:

PDF

Referências


BOWLING, K. et al. Management of pediatric hernia. BMJ.

;359:j4484. Oct. 2017.

CHEN, Y. et al. Children With Inguinal Hernia Repairs: Age and Gender Characteristics. Global pediatric health. Vol. 5. 2333794X18816909. 10 Dec. 2018.

MALANGONI, M.A., ROSEN, M.J. Tratado de cirurgia: A base biológica da prática cirúrgica moderna. Hérnias. 19 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.

MOREIRA, A.B.C. Correção de hérnia inguinal em lactentes - via tradicional vs. via laparoscópica - uma análise de custo-benefício no centro materno infantil do norte. Centro Materno Infantil do Norte - Centro Hospitalar do Porto. Tese de Mestre em Engenharia

Biomédica. Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa. 2019.

OLESEN, C.S. Risk of incarceration in children with inguinal hernia: a systematic review. Hernia. Vol. 23, n. 2, pag. 245-254. January. 2019.

RAMSOOK, C. 2021. Inguinal hernia in children. Disponível em:

[https://www.uptodate.com/contents/inguinal-hernia-inchildren?search=hernia%20inguinal%20crian%C3%A7as&source=search_result&selected

Title=1~126&usage_type=default&display_rank=1]. Acesso em: 23/03/2021.

SILVA, L.E. et al. Cirurgias eletivas no “novo normal” pós-pandemia da COVID-19: testar ou não testar?. Rev Col Bras Cir. Rio de Janeiro, v. 47, e20202649. 2020.

TUBINO, P.J.G. et al. Tratado de Pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria. Hérnia inguinal, hidrocele e cisto de cordão espermático. 4 ed. Barueri, SP: Manoele, 2017.

VILELA, S.M.P. Relato de experiência: O problema da fila numa unidade de saúde – Recife – PE. Recife. Monografia de Especialização em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde. Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz. 2010.

YEAP, E. et al. Inguinal hernias in children. Aust J Gen Pract. v. 49, n. 1-2, pag. 38-43. Jan-Feb. 2020.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


JNT - Facit Business and Technology Journal

ISSN 2526-4281