A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE PARA O BRASIL

Gerson Aparecido FORATORI-JUNIOR, Julian Moura Storniolo de SOUZA

Resumo


A Constituição em 1988 representou um marco na gestão da saúde no Brasil. O SUS foi regulamentado pela Lei n. 8.080 e n. 8.142 e, desde então, tem conquistado grandes avanços, mas também enfrentado diversas dificuldades. O envelhecimento populacional desafia os sistemas de saúde e de previdência social, uma vez que se faz necessário inserir o tema do envelhecimento na formulação das políticas públicas e de implementar ações de prevenção e cuidado direcionados às suas necessidades. Atualmente, as doenças crônicas não transmissíveis são a principal prioridade na área de saúde. A precariedade de modelos que garantam redes integradas compostas por equipes multiprofissionais em dedicação exclusiva para o serviço público é outra dificuldade que, quando somada à gestão ineficaz e ineficiente, resultam em modelos assistenciais de saúde fragmentados, com destaque para a terceirização dos serviços e hegemonia das organizações suplementares de saúde. Apesar dos enfrentamentos, o SUS é internacionalmente reconhecido pela expressiva ampliação da cobertura e do acesso desse sistema para a população. Além disso, o Programa Nacional de Imunização gratuita e o pioneirismo no tratamento do HIV/AIDS são destaques internacionais do Sistema Único de Saúde. É de fundamental importância compreender que o SUS deve ser criticado, afinal, sem críticas não há evolução. No entanto, a nossa crítica deve existir para melhorá-lo e para fortalecê-lo e não para validar o oportunismo e os interesses partidários, pois o SUS é uma política de todos e para todos.

Palavras-chave: Atenção à Saúde. ServiçosAtenção à Saúde. Serviços de Vigilância Epidemiológica. Sistema Único de Saúde. Vigilância em Saúde Pública.


Texto completo:

PDF

Referências


BAHIA, L. Trinta anos de Sistema Único de Saúde (SUS): uma transição necessária, mas insuficiente. Cad Saude Publica, Rio de Janeiro, ago. 2018. https://www.scielo.br/j/csp/a/W7zxfv588XxhKQ7JJ8dGVKD/?format=html.

BASTOS, M. L. et al. The impact of the Brazilian family health strategy on selected primary care sensitive conditions: A systematic review. PLoS One, San Francisco, v. 12, n. 8, p. e0182336, Aug 2017.

https://journals.plos.org/plosone/article?

=10.1371/journal.pone.0182336

BRASIL. Ministério da Saúde. Relatório de Monitoramento Clínico do HIV 2020. Brasília: Senado Federal; 2020. p. 123. http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2020/relatorio-demonitoramento-clinico-do-hiv-2020

CRODA, J. et al. COVID-19 in Brazil: advantages of a socialized unified health system and preparation to contain cases. Rev Soc Bras Med Trop, Rio de Janeiro, v. 53, p. e20200167, Apr 2020.

DOMINGUES, C. M. A. S. et al. The Brazilian National Immunization Program: 46 years of achievements and challenges. Cad Saude Publica, Rio de Janeiro, v. 36, p. e00222919,

Oct 2020. https://www.scielo.br/j/csp/a/XxZCT7tKQjP3V6pCyywtXMx/?lang=en

EVANGELISTA, M. J. O. et al. Planning and building Health Care Networks in Brazil's Federal District. Cien Saude Colet, Rio de Janeiro, v. 27, n. 6, p. 2115-2124, Jun 2019.

https://www.scielo.br/j/csc/a/KrXMY6P7LTtkwckj7xMMGXm/?lang=en

GIOVANELLA, L. et al. Universal health system and universal health coverage: assumptions and strategies. Cien Saude Colet, Rio de Janeiro, v. 23, n. 6, p. 1763-1776,

Jun 2018. https://www.scielo.br/j/csc/a/7BM4FYp7dWJzyb7wzktwhJH/?lang=pt.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Coordenação de Trabalho e Rendimento. Ministério da Saúde. Pesquisa nacional de saúde: 2019: percepção do estado de saúde, estilos de vida, doenças crônicas e saúde bucal. Rio de Janeiro: IBGE; 2020. p. 105. https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/bibliotecacatalogo?view=detalhes&id=2101764

LIMA-COSTA, M. F. et al. The Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil): Objectives and Design. Am J Epidemiol, Baltimore, v. 187, n. 7, p. 1345-1353, Jul 2018. https://academic.oup.com/aje/article/187/7/1345/4831252.

PAIM, J. et al. The Brazilian health system: history, advances, and challenges. Lancet, London, v. 377, n. 9779, p. 1778-1797, May 2011.

https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(11)60054-8/fulltext.

SCHMIDT, M. I. et al. Chronic non-communicable diseases in Brazil: burden and current challenges. Lancet, London, v. 377, n. 9781, p. 60135-60139, Jun 2011.

https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(11)60135-9/fulltext.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


JNT - Facit Business and Technology Journal

ISSN 2526-4281