CARDIOTOXICIDADE EM PACIENTES ONCOLÓGICOS PEDIÁTRICOS TRATADOS COM ANTRACICLINAS
Resumo
As antraciclinas são agentes antineoplásicos bastante utilizados na atualidade, principalmente para o tratamento de linfomas, sarcomas, leucemia e câncer de mama. Embora eficientes, elas podem levar a graves efeitos colaterais, destacando-se a cardiotoxicidade. Sabendo da prevalência desses quimioterápicos na população oncológica pediátrica e dos efeitos tardios que impactam significativamente a qualidade de vida dos futuros adultos, esta pesquisa tem como objetivo definir o perfil dos pacientes oncológicos pediátricos que desenvolvem cardiotoxicidade após o uso de esquemas quimioterápicos com antracíclicos para o tratamento de leucemia linfoide aguda, leucemia mieloide aguda e osteossarcoma. Trata-se de um estudo descritivo, tipo censo, retrospectivo e transversal, com abordagem quantitativa. A amostra será composta por prontuários de pacientes que estiveram internados em um hospital de um município de referência no interior do estado do Maranhão, no período de 2018 a 2022. As variáveis a serem coletadas serão: sexo, idade do paciente, alterações do ecocardiograma antes, durante e após o tratamento e o tipo de neoplasia tratada. Os dados serão analisados utilizando programas estatísticos de relevância científica e serão apresentados por meio de gráficos e tabelas. Os resultados esperados são um maior desenvolvimento de cardiotoxicidade em crianças com menos de 4 anos de idade, de sexo feminino. Assim, a partir da descoberta do perfil dos pacientes, será possível que os profissionais da saúde tenham um olhar mais atento ao triar as crianças, antes mesmo de começar o tratamento oncológico, realizando condutas de prevenção ao dano cardíaco e não apenas de correção, reduzindo a cardiotoxicidade futura.
Palavras-chave: Antraciclinas. Cardiotoxicidade. Fatores de risco.
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