PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE MATERNA NO ESTADO DO TOCANTINS ENTRE 2011-2022

Ana Beatriz Nunes PACHECO, Claudia Denise Mendanha MANGUEIRA

Resumo


A mortalidade materna configura-se como um grave problema de violação dos direitos humanos, por ser evitável em 92% dos casos e refletir a atenção da saúde da mulher, a expressão de desenvolvimento humano e social e condições de vida da população. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, define-se como mortalidade materna “a morte de mulheres durante a gestação ou dentro de um período de 42 dias após o término da gravidez, devido a qualquer causa relacionada com ou agravada pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela, porém não devido a causas acidentais ou incidentais”. O óbito materno classifica-se de acordo com suas causas, podendo ser causa obstétrica direta ou indireta. Diante do exposto, o presente estudo tem como objetivo analisar a mortalidade materna no estado do Tocantins, entre os anos de 2011 a 2022. Portanto, trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, com dados obtidos por meio do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), referentes ao período de 2011 a 2022 no estado do Tocantins. Os resultados evidenciam 230 óbitos maternos, decorrentes de causas obstétricas diretas, ocorridos principalmente durante o puerpério, em hospitais, com uma RMM 78,6 no período. O perfil analisado, baseiase em mulheres pardas, jovens, solteiras e com baixo nível de escolaridade. Portanto, é notória a fragilidade na assistência obstétrica e indispensável uma avaliação e reestruturação do serviço, de modo a reduzir a mortalidade materna no estado do Tocantins.

 


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Referências


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