ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SEPSE NO TOCANTINS ENTRE 2013-2023

Pedro Rafael Bezerra MACEDO, Vitor Soares Machado de ANDRADE, Silvestre Júlio Souza da SILVEIRA

Resumo


NTRODUÇÃO: Atualmente, a sepse é considerada um impasse de saúde pública que apresenta uma prevalência dentro da população brasileira de até 30% e mortalidade hospitalar de 55%, sobretudo em instituições conveniadas e/ou aderidas ao Sistema Único deSaúde (SUS). Além disso, sua incidência tem oscilado cada vez, principalmente nos últimos anos. O país, hodiernamente, tem se mobilizado cada vez mais em busca de caminhos que possam ser eficazes para combater estas o curso destas estatísticas, como, por exemplo, a instituição de protocolos e sistemas de manejos dos paciente acometidos pela sepse. Embora esta doença tenha ainda estatísticas desanimadoras no Brasil, entende-se que os estudos epidemiológicos permanecem desatualizados, principalmente no Estado do Tocantins, além de estarem limitados temporal e geograficamente. Levando isso em consideração, a necessidade de pesquisas adicionais para compreender e abordar o comportamento epidemiológico da sepse na região tem se mostrado cada vez mais necessária em um estado ainda pouco estudado. OBJETIVO: Portanto, este estudo visa preencher essa lacuna e contribuir para o diagnóstico e a terapêutica precoce da sepse no Brasil e, principalmente, no estado do Tocantins. METODOLOGIA: Este artigo trata-se de um estudo observacional, transversal edescritivo, em que foi feita análise quantitativa dos dados epidemiológicos das ANÁLISE DOPERFIL EPIDEMIOLÓGICO DASEPSENOTOCANTINS ENTRE 2013-2023. Pedro Rafael Bezerra MACEDO; Vitor Soares Machado de ANDRADE; Silvestre Júlio Souza da SILVEIRA. JNT Facit Business and Technology Journal. QUALIS B1. ISSN: 2526-4281 - FLUXO CONTÍNUO. 2024 – MÊS DE AGOSTO- Ed. 53. VOL. 01. Págs. 259-276. http://revistas.faculdadefacit.edu.br. E-mail: jnt@faculdadefacit.edu.br. internações por sepse no estado do Tocantins. As informações foram retiradas do Sistema de Informações Hospitalares (SIH-SUS) por meio do Departamento de Informática do Sistema Unico deSaúde (DATASUS). A população de estudo consiste nas pessoas internadas com sepse no estado do Tocantins, do ano de 2013 ao ano de 2023. Em seguida foram avaliadas as seguintes variáveis: número de internações, taxa de mortalidade, ano de atendimento, sexo, faixa etária 1, e cor/ raça. RESULTADOS: Do ano de 2013 a 2023 ocorreram 4728 internações por septicemia no Tocantins e os maiores valores foram registrados em 2020 (684) e em 2021 (602). A taxa de mortalidade média foi de 51,18%, com maior taxa em 2017 (62,72%). A faixa etária mais acometida foi a de “80 anos e mais” com 981 internações no período de estudo. O sexo mais prevalente foi o masculino com 2602 internações, o que corresponde à 55,03%. A cor/ raça mais afetada pela sepse foi a parda com 3474 (73,47%). DISCUSSÃO: Avaliou-se que houve uma tendência de crescimento de casos de septicemia, ainda mais expressivos no ano de 2020 e 2021, possivelmente por um impacto da pandemia da COVID-19. As variáveis idade e sexo estão de acordo com a literatura nacional, impactando mais pessoas a partir dos 60 anos e o sexo masculino. A variável “cor/raça”, todavia, está em desencontro com a literatura, à medida que esta diz que brancos são mais acometidos, enquanto este estudo avaliou que os pardos foram mais afetados pela sepse no Tocantins. Também foi avaliado que esse agravo, a septicemia, é bastante oneroso para o sistema público de saúde, o que atribui ainda mais relevância para a temática. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O presente estudo aponta para um aumento da septicemia nos últimos anos, principalmente no período da pandemia, vivenciado pelo país. Além disso, dados epidemiológicos apontam para faixas etárias e sexos específicos com maior índice de sepse, como idade acima de 60 e sexo masculino.

Palavras-Chave: Epidemiologia. Sepse. Tocantins.


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