USO DE PLACAS 2.4 MM PARA RECONSTRUÇÃO DE FRATURAS MANDIBULARES: ANÁLISE DE RESULTADOS E APLICAÇÕES CLÍNICAS

Cláudia Elisa Pereira FRAGOSO, Julia Monteiro Fabrício SKRIVAN

Resumo


Introdução: A mandíbula, por sua mobilidade e localização, é frequentemente afetada por traumas de alta energia, como acidentes e violência, levando a fraturas cominutivas complexas. o uso de placas de reconstrução 2.4 mm surgiu como padrão para tratamento, oferecendo estabilidade mecânica e preservação funcional. Objetivo: o estudo tem como objetivo revisar a aplicação das placas de 2.4 mm na reconstrução mandibular, avaliando resistência, estabilidade pós-cirúrgica e complicações. Métodos: foi realizado uma revisão de literatura em bases como pubmed e lilacs (2012-2024), com palavras-chave: "cirurgia bucomaxilofacial", "fraturas cominutivas", "placas de reconstrução 2.4 mm". Incluíram-se 26 artigos, analisados qualitativamente. Resultados: os estudos avaliados mostraram que as placas de 2.4 mm, fabricadas em titânio, demonstraram alta resistência e biomcompatibilidade em fraturas cominutivas, reduziram taxas de infecção e não união, garantindo estabilidade mesmo em mandíbulas atrofiadas. O sistema "locking" minimizou a necessidade de ajuste perfeito ao osso, preservando a vascularização e complicações como fratura da placa e lesão nervosa são raras. A tomografia computadorizada e planejamento virtual otimizaram a precisão cirúrgica. Conclusão: a escolha das placas de 2.4 mm deve ser individualizada, considerando localização da fratura, carga biomecânica e condições clínicas. Sua aplicação em casos complexos mostrou-se superior a técnicas tradicionais, com baixa morbidade e resultados estáveis. A integração entre tecnologia 3d, experiência cirúrgica e acompanhamento pós-operatório é essencial para sucesso.

Palavras-chave: Cirurgia bucomaxilofacial. Fixação rígida. Placas de reconstrução 2.4 mm. Complicações. Biomecânica.


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Referências


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