REABILITAÇÃO PROTÉTICA APÓS MAXILECTOMIA PARCIAL: UM RELATO DE CASO

Resumo

A maxilectomia, seja total ou parcial, é uma abordagem terapêutica utilizada para a remoção de tumores da maxila e regiões adjacentes. Todavia, os defeitos resultantes da intervenção cirúrgica radical podem comprometer funções essenciais, como mastigação, deglutição e fonética, além de afetar negativamente a estética. Os principais defeitos incluem a comunicação buco-sinusal/nasal, a perda de suporte labial, a perda de dentes e/ou osso de suporte dentário e a deformidade do contorno facial, o que pode gerar consequências psicológicas devastadoras para o paciente. Nesse contexto, a reposição dos tecidos perdidos torna-se essencial para a restauração da função e da estética, evitando sequelas psicossociais. Na impossibilidade de realizar uma reconstrução cirúrgica, a confecção de uma prótese obturadora de palato desponta como uma alternativa eficaz e, para o êxito do tratamento reabilitador, aspectos como retenção, estabilização e estética são determinantes. Este artigo tem como objetivo realizar o relato de um caso clínico de uma reabilitação protética definitiva de um paciente de 20 anos de idade, sexo feminino, submetida à maxilectomia parcial maxilar e palatina para a remoção de um condrossarcoma grau I, após cinco anos de acompanhamento pós-cirúrgico, por meio da utilização de uma prótese parcial removível a grampos com obliterador palatino (PPRGOP). O trabalho discute, ainda, a importância clínica da reabilitação oral, evidenciando os benefícios significativos na qualidade de vida e na função estomatognática, por meio da recuperação plena da estética, fonética, mastigação, deglutição e autoestima, reintegrando o indivíduo à sociedade.

Palavras-chave: Câncer Oral. Obturadores Palatinos. Reabilitação Bucal. Prótese Dentária.