INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA DOCUMENTAÇÃO CLÍNICA: IMPLICAÇÕES ÉTICAS E PRÁTICAS PARA A ENFERMAGEM

Resumo

A crescente incorporação da Inteligência Artificial (IA) na área da saúde tem promovido transformações significativas na prática da enfermagem, especialmente no que diz respeito à documentação clínica. Este artigo tem como objetivo analisar as implicações éticas e práticas do uso da IA na produção, organização e gestão das informações clínicas realizadas por profissionais de enfermagem. A pesquisa, de natureza bibliográfica e qualitativa, examina o impacto da automação e do uso de algoritmos inteligentes na acurácia dos registros, na tomada de decisão e na proteção de dados sensíveis dos pacientes. Além disso, discute os desafios éticos relacionados à autonomia profissional, ao sigilo das informações e à responsabilidade em caso de erros nos registros gerados por sistemas automatizados. Conclui-se que, embora a IA represente um avanço no campo da enfermagem, sua aplicação exige preparo técnico, atualização constante e uma abordagem crítica, de modo a garantir que os princípios da ética profissional e da humanização do cuidado sejam preservados. O uso consciente da IA pode ampliar a segurança do paciente e fortalecer a atuação do enfermeiro no contexto clínico contemporâneo.

Palavras-chave: Enfermagem. Ética. Inteligência Artificial. Documentação. Saúde.