ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS NO BRASIL: IMPACTO NO SISTEMA DE SAÚDE PÚBLICO
Resumo
Introdução: As doenças neurodegenerativas são caracterizadas pela degeneração dos neurônios do sistema nervoso, interrompendo a função motora, cognitiva e a homeostase dos pacientes, gerando impacto negativo na qualidade de vida e reduzindo a expectativa dela. Objetivo: Analisar quantitativamente o perfil epidemiológico das principais doenças Neurodegenerativas no Brasil. Metodologia: Foi adotada um estudo epidemiológico exploratório e descritivo, utilizando análise retrospectiva dos dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) entre janeiro de 2020 e novembro de 2024. A tabulação dos dados foi realizada com os softwares EPinfo e Microsoft Excel, abrangendo informações sobre unidades federativas, faixa etária, gênero, taxas de mortalidade, óbitos e valores médios de internações hospitalares, com exclusão de outros tipos de doenças neurológicas. Resultados: Os resultados mostraram 43.369 internações hospitalares por doenças neurodegenerativas. A Esclerose Múltipla teve o maior número de internações (30.814), seguida pela Doença de Alzheimer (8.008) e Doença de Parkinson (4.547). O maior número de internações ocorreu em 2024 (10.433 casos), com o menor em 2020 (5.860). O estado de São Paulo apresentou o maior número de casos (16.636 internações). A prevalência foi maior entre as mulheres (66%) e a faixa etária de 30 a 39 anos foi a mais afetada pela Esclerose Múltipla. A maior taxa de mortalidade foi observada na Doença de Alzheimer (23,8%). Conclusão: O estudo conclui que as internações por doenças neurodegenerativas aumentaram significativamente, refletindo o envelhecimento da população e o crescimento das doenças crônicas no Brasil.
Palavras-chave: Doenças Neurodegenerativas. Epidemiologia. Prevalência e Mortalidade.
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PDFReferências
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