VARIEDADE LINGUÍSTICA DA COMUNIDADE KALUNGA VÃO DE ALMAS: UM ESTUDO NO CONTEXTO DA FAZENDA COCO

Genildo Fernandes GONÇALVES, Rosineide Magalhães de SOUSA, Severina Alves de ALMEIDA, Francisco Edviges ALBUQUERQUE

Resumo


Este trabalho, de cunho etnográfico, está fundamentado nos conceitos da Sociolinguística de Bagno (2007), Vellasco e Sousa (2007) e Bortoni-Ricardo (2008). Visa a analisar a variedade linguística dos jovens e adultos da comunidade Kalunga Vão de Almas, Fazenda Coco, estado de Goiás. Busca, também, divulgar que esse modo diferente das pessoas pronunciarem as palavras, é uma linguagem diferenciada e, não obstante, não é considerada pela Sociolinguística, como uma fala “errada”. É um fenômeno linguístico, que ocorre nas falas dos habitantes da comunidade, e configure-se como uma característica que enriquece a cultura e a identidade quilombola. Isso porque temos uma língua dita “padrão” a ser seguida e, sendo assim, não podemos usar a mesma língua que usamos em nossas falas, isto é, a linguagem oral, como, por exemplo, quando escrevemos uma carta, mas também não precisamos desvalorizar nosso modo diferente de nos comunicar. Esta pesquisa traz como contribuição o registro sociolinguístico da Fazenda Coco e o conhecimento teórico e prático para a produção de material didático para as Escolas Kalungas.

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Referências


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