O TRATAMENTO DA DEPRESSÃO GESTACIONAL NUMA PERSPECTIVA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Resumo

Algumas gestantes no período pré-natal desenvolvem uma fase de maior vulnerabilidade e passam por diversas modificações físicas, psíquicas e comportamentais, o que pode desencadear um quadro depressivo, vindo a afetar diretamente a saúde do bebê. Mesmo assim, a depressão pré-natal ainda é pouco estudada e discutida na literatura, o que requer uma análise mais detalhada sobre esse período. Embasado nessa perspectiva, o presente estudo buscou por pesquisas bibliográficas tendo como base a análise do comportamento de mulheres grávidas durante o período pré-natal. Foi realizada revisão de artigos científicos abordando o tema, obtidos através das plataformas Scielo, Lilacs e Medline, cruzando as palavras gravidez, depressão, depressão na gravidez, análise do comportamento e pré-natal. Após a leitura dos artigos, foi verificada uma maior atenção à depressão pós-parto do que à depressão durante a gravidez. Além de que, os artigos encontrados são voltados para medidas de prevalência e não de incidência da depressão na gravidez. Foram comparados vários fatores de risco entre os estudos, dentre eles: dificuldades socioeconômicas como desemprego, baixa renda, falta de apoio familiar e do parceiro, antecedentes psiquiátricos, história de abortos, partos anteriores problemáticos, gestação não planejada e de alto risco, baixa escolaridade, uso de álcool e drogas. Estudos mostraram que a depressão pré-natal acomete cerca de 20% das gestantes, relacionando a uma diminuição no comportamento e na maneira de agir. Foi verificado ainda que o quadro depressivo entre elas não é diagnosticado e acompanhado pelos profissionais da saúde durante a consulta pré-natal, o que requer uma maior atenção nessa perspectiva. Portanto, são importantes o pré-natal e a capacitação de profissionais na área da saúde na prevenção da depressão gestacional.