ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS FATORES ASSOCIADOS À OCORRÊNCIA DE DENGUE GRAVE NO PERÍODO DE 2017- 2019 NO ESTADO DO TOCANTINS

Ada Letícia Gomes Pires de FONSECA, Andressa Borges BRITO, Flávia de Almeida VALADARES, José Fernando e Silva PEREIRA, Karina e Silva PEREIRA

Resumo


A dengue apresenta como agente o flavivírus, sendo transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Todos os sorotipos podem evoluir com a forma grave e manifestar complicações hemorrágicas. No Brasil, é a arbovirose mais frequente que acomete o ser humano e, portanto, um problema de saúde pública devido ao crescente número de casos da doença. Diante da sua grande importância, este estudo tem como objetivo analisar os aspectos epidemiológicos dos fatores associados à ocorrência de dengue grave no Estado do Tocantins. Foi realizado um estudo epidemiológico retrospectivo com abordagem quantitativa e analítica, com dados do sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) para identificar o perfil epidemiológico da dengue grave no Estado do Tocantins, no período de janeiro/2017 a dezembro/2019. Neste período, foram notificados 22.127 casos de dengue no Estado do Tocantins, sendo que 44 destes foram classificados como dengue grave, observando-se uma progressão dos casos notificados no período estudado. No que tange ao gênero, há uma equiparidade entre eles. Já em relação à faixa etária, verifica-se que a maior ocorrência foi entre 20 a 59 anos; dado importante visto que se trata das principais faixas etárias economicamente ativas. Contudo, constata-se que a maioria dos casos de dengue grave evoluíram à cura embora verificada alta porcentagem de óbitos (25%). Vale ressaltar o constante impacto populacional vivenciado pelo Estado, que além de fazer fronteira com 6 estados brasileiros, possui constantes entradas populacionais devido o agronegócio, comércio e turismo, situações que podem ser essenciais para a circulação dos sorotipos da dengue.

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