PERFIL EPIDEMIOLOGICO DE PACIENTES COM CÂNCER DE CANAL ANAL E OTRATAMENTOONCOLÓGICONA DOENÇA INICIAL EM UM HOSPITALONCOLOGICOPUBLICO DO DISTRITOFEDERAL

Resumo

Introdução: O câncer anal é relativamente raro, afetando um em cada 100.000 habitantes no mundo e representando 2-4% de todos os tumores do trato gastrointestinal. A maioria tem origem epidérmica e é frequentemente curável e sensível à quimioterapia (QT) e radioterapia (RT). Estudos da década de 1990 estabeleceram a quimiorradioterapia combinada como base do tratamento inicial. Atualmente, cerca de três quartos dos pacientes recebem quimiorradioterapia como terapia primária. Métodos: Estudo transversal, observacional e descritivo baseado em dados de prontuários de 39 pacientes atendidos no Ambulatório de Oncologia Clínica do Hospital Regional de Taguatinga no período de maio de 2013 a dezembro de 2022. Resultados: A média de idade dos participantes foi de 63,4 anos. e houve predomínio de pacientes do sexo feminino (76,9%). A maioria dos pacientes apresentava doença localmente avançada (82%). Trinta pacientes (78,6%) foram tratados com quimiorradiação concomitante e os regimes de terapia sistêmica mais comumente utilizados foram Cisplatina com Capecitabina (30,8%) e Capecitabina isoladamente (28,2%). Resposta completa foi observada em 08 pacientes (20,5%) e 59% dos pacientes estavam vivos aos 2 anos. Conclusão: O carcinoma do canal anal é uma doença incomum e foi encontrada heterogeneidade nos tratamentos utilizados. Esforços devem ser direcionados para melhorar o desenvolvimento de protocolos institucionais compatíveis com a realidade de cada serviço visando melhores resultados clínicos.