ALEITAMENTO MATERNO E ARTIFICIAL: “IMPACTOS NO DESENVOLVIMENTO OROFACIAL INFANTIL”
Resumo
O aleitamento materno é amplamente reconhecido por seus benefícios à saúde infantil, especialmente no desenvolvimento orofacial. Em contrapartida, o uso de métodos artificiais, como a mamadeira, pode trazer impactos negativos à cavidade oral durante a primeira infância. Este estudo teve como objetivo analisar, por meio de uma revisão integrativa, os impactos do aleitamento natural e artificial no desenvolvimento orofacial de crianças. A pergunta norteadora foi estruturada com base na estratégia PICO, envolvendo crianças na primeira infância, comparando o aleitamento materno exclusivo ao artificial e analisando efeitos como hábitos orais deletérios, cáries, respiração oral, entre outros. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com buscas realizadas nas bases PubMed e BVS (LILACS), utilizando os descritores: “Breastfeeding”, “Bottle Feeding”, “Sucking Behavior”, “Oral Health” e “Dentistry”, com artigos publicados entre janeiro de 2015 e agosto de 2025. Dos 168 artigos encontrados, 11 foram excluídos por duplicidade e 141 por não se adequarem à temática, restando 7 estudos para análise final. Os resultados demonstraram que o aleitamento materno exclusivo por seis meses ou mais atua como fator protetivo contra alterações orofaciais, promovendo o desenvolvimento muscular adequado e reduzindo riscos como más oclusões, respiração oral e cáries. Já o uso prolongado de mamadeira, especialmente à noite, mostrou-se associado a distúrbios como mordida aberta, sucção atípica, desmame precoce e uso de chupetas. O uso do copo revelou-se mais benéfico por estimular melhor a musculatura. Conclui-se que o aleitamento natural deve ser incentivado e o artificial orientado por profissionais da saúde.
Palavras-chave: Aleitamento materno. Mamadeira. Odontopediatria. Sistema estomatognático.
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PDFReferências
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