EMERGÊNCIAS MÉDICA VIVENCIADAS POR CIRURGIÕES-DENTISTAS DE CENTROS DE ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS DE FORTALEZA (CE) – UM ESTUDO PILOTO

Taynara Viera CARNEIRO, Aline Maria da Silva RODRIGUES, Davi Valentim OLIVEIRA, Saulo Emanuel Saraiva ALMEIDA, Matheus Loiky Sampaio de SOUZA, Ana Cristina de Mello FIALLOS, Vanara Florêncio PASSOS, Regina Gláucia Lucena Aguiar FERREIRA

Resumo


O estudo tem por objetivo descrever as situações de emergências médicas vivenciadas por cirurgiões-dentistas que atuam em Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) de Fortaleza, Ceará, bem como as condutas adotadas por estes profissionais. Foram analisados dados de 23 cirurgiões-dentistas, coletados por meio de questionários semiestruturados. As variáveis pesquisadas foram: o CEO onde atuavam, o sexo, o tempo de experiência profissional, as fases incluídas na avaliação clínica, a frequência de aferição de pressão, a quantidade de ocorrências de situações de emergência nos últimos 12 meses, as situações de emergência médica ocorridas, as condutas realizadas, o treinamento em Suporte Básico de Vida (SBV), a capacidade de diagnosticar e a capacidade de intervir em uma situação de emergência. Os dados foram analisados estatisticamente no programa software Statistical Packcage for the Social Sciences® (SPSS) versão 22.0 para Windows, sendo empregados testes com nível de significância de 5%. Foi identificado que 86,9% dos Cirurgiões-dentistas relataram ter enfrentado alguma situação de emergência médica durante o atendimento odontológico, ocorrendo após a anestesia do paciente (70%) ou durante procedimentos cirúrgicos (60%), sendo a lipotimia a mais prevalente (85%). Interromper o procedimento odontológico e colocar o paciente em posição supina com pés elevados foram as condutas mais relatadas (70%). Verificou-se, também, ausência de associação estatisticamente significante entre o fato de “possuir treinamento em SBV” e as variáveis: “capacidade de diagnosticar” e “capacidade de intervir”, levando-se em consideração que o pequeno tamanho da amostra é uma limitação deste estudo. Foi possível concluir que a maioria dos participantes passaram por situações de emergências ao atuarem na clínica. Há relatos de incapacidade de diagnosticar e de intervir diante de situações de emergência, podendo ser consequência da falta de capacitação durante a graduação ou no decorrer do exercício da profissão.

Palavras-chave: Emergências; Identificação da emergência; Cirurgiões-dentistas; Consultórios odontológicos.


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Referências


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