EMERGÊNCIAS MÉDICA VIVENCIADAS POR CIRURGIÕES-DENTISTAS DE CENTROS DE ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS DE FORTALEZA (CE) – UM ESTUDO PILOTO
Resumo
O estudo tem por objetivo descrever as situações de emergências médicas vivenciadas por cirurgiões-dentistas que atuam em Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) de Fortaleza, Ceará, bem como as condutas adotadas por estes profissionais. Foram analisados dados de 23 cirurgiões-dentistas, coletados por meio de questionários semiestruturados. As variáveis pesquisadas foram: o CEO onde atuavam, o sexo, o tempo de experiência profissional, as fases incluídas na avaliação clínica, a frequência de aferição de pressão, a quantidade de ocorrências de situações de emergência nos últimos 12 meses, as situações de emergência médica ocorridas, as condutas realizadas, o treinamento em Suporte Básico de Vida (SBV), a capacidade de diagnosticar e a capacidade de intervir em uma situação de emergência. Os dados foram analisados estatisticamente no programa software Statistical Packcage for the Social Sciences® (SPSS) versão 22.0 para Windows, sendo empregados testes com nível de significância de 5%. Foi identificado que 86,9% dos Cirurgiões-dentistas relataram ter enfrentado alguma situação de emergência médica durante o atendimento odontológico, ocorrendo após a anestesia do paciente (70%) ou durante procedimentos cirúrgicos (60%), sendo a lipotimia a mais prevalente (85%). Interromper o procedimento odontológico e colocar o paciente em posição supina com pés elevados foram as condutas mais relatadas (70%). Verificou-se, também, ausência de associação estatisticamente significante entre o fato de “possuir treinamento em SBV” e as variáveis: “capacidade de diagnosticar” e “capacidade de intervir”, levando-se em consideração que o pequeno tamanho da amostra é uma limitação deste estudo. Foi possível concluir que a maioria dos participantes passaram por situações de emergências ao atuarem na clínica. Há relatos de incapacidade de diagnosticar e de intervir diante de situações de emergência, podendo ser consequência da falta de capacitação durante a graduação ou no decorrer do exercício da profissão.
Palavras-chave: Emergências; Identificação da emergência; Cirurgiões-dentistas; Consultórios odontológicos.
Texto completo:
PDFReferências
ALVES, E. P. B. et al. Condutas do cirurgião-dentista frente à emergências médico odontológicas. Cuadernos de Educación y Desarrollo, v. 16, n. 11, p. e6404-e6404, 2024.
ANDRADE, E. D.; RANALI, J. Emergências médicas em odontologia. São Paulo: Artes Médicas; 2002.
ARSATI, F. et al. Brazilian dentists’ attitudes about medical emergencies during dental treatment. J Dent Educ, v. 74, n. 6, p. 661–666, 2010.
CAPUTO, I. G. C. et al. Emergências médicas em consultório odontológico: implicações éticas e legais para o cirurgião dentista. Odontologia e Sociedade, v. 21, n. 3, p. 268-76, 2009.
CAPUTO, I. G. C. et al. Lives at Risk: Medical Emergencies in the Dental Office. Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-Fac, v. 10, n. 3, p. 51-58, 2010.
CHEBRA, J. EMS – New challenges and new expectations. Disaster Emerg Med J, v. 2, n. 2, p. 102–103, 2017.
Apontamentos
- Não há apontamentos.
JNT - Facit Business and Technology Journal
ISSN 2526-4281