A BIBLIOTECA COMO JARDIM VIVO: LEITURA, MEDIAÇÃO E RESISTÊNCIA POÉTICA EM MICHÈLE PETIT

Resumo

O presente artigo tem como objetivo refletir sobre a leitura e a biblioteca a partir das obras de Michèle Petit, especialmente em Somos todos animais poéticos e A arte de ler. A pesquisa é de natureza qualitativa, com abordagem teórico-interpretativa, fundamentada em análise bibliográfica. Parte-se da compreensão da leitura como um ato subjetivo, simbólico e de resistência, que se manifesta tanto na experiência individual quanto na mediação cultural. Discute-se a biblioteca como um espaço vivo, afetivo e estético, que abriga escuta, imaginação e pertencimento. Também são exploradas as contribuições dos mediadores (educadores, bibliotecários e contadores de histórias) na criação de vínculos entre texto, leitor e comunidade. O estudo revela que a leitura, em contextos adversos, oferece proteção psíquica e reinvenção da vida, configurando-se como um gesto poético de resistência. Conclui-se que a biblioteca, longe de ser um espaço neutro, atua como território simbólico em constante transformação, onde histórias são cultivadas como sementes de subjetividade, memória e esperança.

Palavras-chave: Leitura. Biblioteca. Mediação. Subjetividade. Resistência.