TRANSTORNOS MENTAIS E A EVOLUÇÃO DO USO DO CANABIDIOL NO TRATAMENTO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Resumo

Este artigo realiza uma revisão de literatura sobre a evolução do uso do canabidiol (CBD) no tratamento de transtornos mentais. A Cannabis, ou maconha, contém canabinoides que atuam no cérebro. Em baixas doses pode causar euforia, mas o uso contínuo leva a riscos como dependência e reações adversas agudas. Seus compostos têm potencial terapêutico (ansiolítico, antipsicótico), sendo regulados no Brasil pela ANVISA. A legalização para pesquisa é essencial para estabelecer protocolos seguros. A metodologia consistiu em uma revisão integrativa, utilizando a base Google Acadêmico, com busca por artigos publicados entre 2020 e 2024, usando os descritores "transtornos mentais", "tratamento" e "canabidiol". De 635 resultados iniciais, 8 artigos foram selecionados para análise após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão. Os resultados e discussão indicam que o CBD demonstra propriedades terapêuticas promissoras em diversas condições, como ansiedade, esquizofrenia, transtorno do espectro autista (TEA) e transtorno de estresse pós traumático (TEPT). Seus efeitos incluem ação ansiolítica, antipsicótica, neuroprotetora e anti-inflamatória, com um perfil de segurança geralmente favorável e baixo risco de dependência. No entanto, os estudos destacam a necessidade de mais pesquisas para estabelecer doses ideais e protocolos padronizados, além de alertarem para os riscos associados ao THC, componente psicoativo da cannabis. A conclusão reforça que o CBD é uma alternativa farmacológica inovadora e segura para transtornos mentais, mas sua aplicação clínica depende da realização de mais ensaios clínicos robustos, de longo prazo e metodologicamente padronizados para validar sua eficácia e segurança.

Palavras-chave: Canabidiol. Transtornos mentais. Tratamento.