A EDUCAÇÃO ESCOLAR INTERCULTURAL APINAJÉ: UM OLHAR PARA O “PROFESSOR BILÍNGUE”

Severina Alves Almeida, Francisco Edvirges Albuquerque, Denyse Mota Silva, Angela Maria Silva, Renato Reis Ferreira

Resumo


Neste trabalho compartilhamos os resultados parciais de uma pesquisa sobre a Educação Bilíngue e
Intercultural na Sociedade Indígena Apinajé, tendo como foco o Professor Bilíngue. Nessa abordagem,
identificamos suas características principais e formulamos conceitos, distinguindo bilinguismo de Educação
Bilíngue, desde que é recorrente que esses termos sejam vistos como sinônimos. Analisamos as práticas
pedagógicas dos Professores Bilíngues Apinajé, enfatizando a importância que assume um currículo intercultural na
promoção de uma educação diferenciada, considerando a convivência na fronteira étnica. Para os conceitos de
Bilinguismo, utilizamos as bases teóricas de Megale (2005) e Flory e Souza (2009) ; sobre Educação Bilingue e
Intercultural Maher (2005; 2006); e Grupioni (2001; 2003; 2006; 2006a); acerca dos Apinajé, Nimuendajú (1983);
Da Matta (1976) e Albuquerque (1999; 2007). Os procedimentos metodológicos contemplam pesquisa etnográfica
com observação participante, agrupando entrevistas semidirigidas enquanto técnica que possibilita a
interação, e microanálise etnográfica como aporte facilitador na análise e interpretação dos dados. O
corpus investigado é composto de entrevistas – foco principal da análise - com lideranças e professores
Apinajé, diários e notas de campo. Concluímos que o Professor Bilíngue Apinajé exerce uma pedagogia onde a
interdisciplinaridade e o bilinguismo se faz presente enquanto práticas que promovem a interculturalidade, sendo
esta considerada a razão de ser de uma escola indígena.

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ISSN 2526-4281