OS EFEITOS DO USO DE TELAS NA SAÚDE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Carolinny Sousa do Vale BARBOSA, João Gabriel Pereira ROCHA, Heloísa Amorim Teixeira LOPES

Resumo


INTRODUÇÃO: A infância é um período marcado por modificações no nível de maturação cerebral, com mudanças biológicas e psicossociais que são importantes para aquisição de domínios motor, afetivo-social e cognitivo. Entretanto, observou-se na última década um aumento na conectividade e no tempo de tela em geral, o que tem sido relacionado a prejuízos na memória, na atenção, na leitura e no desenvolvimento biopsicossocial de crianças e adolescentes. OBJETIVO: Investigar os possíveis efeitos da exposição a telas para a saúde de crianças e adolescentes, tendo repercussões à saúde física, mental e psíquica, com possíveis sequelas na fase adulta ou por períodos prolongados. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura que selecionou artigos das bases de dados: BVS, PubMed e SciELO. Utilizou-se como descritores “screen time”, “child development” e “adolescent development”, sendo selecionados ao final, 10 artigos. RESULTADOS: Nota-se que os efeitos do uso de telas em crianças e adolescentes são múltiplos e preocupantes. O tempo excessivo de tela afeta o desenvolvimento do cérebro e aumenta o risco de problemas cognitivos, emocionais, e distúrbios comportamentais, impactando negativamente a atenção e concentração, aprendizado e memória, regulação emocional e funcionamento social, saúde física e desenvolvimento de transtornos mentais e uso de substâncias. CONCLUSÃO: Conclui-se que existem estreitas relações entre o excessivo uso de telas com a diminuição do desenvolvimento escolar, assim como contribuições no aumento de transtornos alimentares, sedentarismo, distúrbios do sono e comprometimento da saúde mental. Contudo, não há muitos estudos realizados, sendo necessária maior investigação da comunidade científica acerca do tema.

Palavras-chave: Tempo de Tela. Saúde da criança. Saúde do adolescente.


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Referências


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