OS EFEITOS DO USO DE TELAS NA SAÚDE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Resumo
INTRODUÇÃO: A infância é um período marcado por modificações no nível de maturação cerebral, com mudanças biológicas e psicossociais que são importantes para aquisição de domínios motor, afetivo-social e cognitivo. Entretanto, observou-se na última década um aumento na conectividade e no tempo de tela em geral, o que tem sido relacionado a prejuízos na memória, na atenção, na leitura e no desenvolvimento biopsicossocial de crianças e adolescentes. OBJETIVO: Investigar os possíveis efeitos da exposição a telas para a saúde de crianças e adolescentes, tendo repercussões à saúde física, mental e psíquica, com possíveis sequelas na fase adulta ou por períodos prolongados. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura que selecionou artigos das bases de dados: BVS, PubMed e SciELO. Utilizou-se como descritores “screen time”, “child development” e “adolescent development”, sendo selecionados ao final, 10 artigos. RESULTADOS: Nota-se que os efeitos do uso de telas em crianças e adolescentes são múltiplos e preocupantes. O tempo excessivo de tela afeta o desenvolvimento do cérebro e aumenta o risco de problemas cognitivos, emocionais, e distúrbios comportamentais, impactando negativamente a atenção e concentração, aprendizado e memória, regulação emocional e funcionamento social, saúde física e desenvolvimento de transtornos mentais e uso de substâncias. CONCLUSÃO: Conclui-se que existem estreitas relações entre o excessivo uso de telas com a diminuição do desenvolvimento escolar, assim como contribuições no aumento de transtornos alimentares, sedentarismo, distúrbios do sono e comprometimento da saúde mental. Contudo, não há muitos estudos realizados, sendo necessária maior investigação da comunidade científica acerca do tema.
Palavras-chave: Tempo de Tela. Saúde da criança. Saúde do adolescente.
Texto completo:
PDFReferências
ACT. Limites de telas recomendados: maneiras de limitar o tempo de tela. Orientações
ACT Government [recurso eletrônico]. Acesso em 28/10/2022. Disponível em:https://www.health.act.gov.au/about-our-health-system/healthy-living/kids-playactive-play/screen-time/recommended-screentime#:~:text=For%20children%20aged%202%2D5,than%202%20hours%20per%20day.
ARANTES, M.; MORAIS, E. Exposição e uso de dispositivo de mídia na primeira infância. Residência Pediátrica, n. 535, p. 15-21, 2021.
BLACK, M., et al. Early childhood development coming of age: science through the li course. The Lancet, v. 389, n. 10064, p. 77–90, 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional. Relatórios [recurso eletrônico]. Acesso em 16 de novembro de 2021. Disponível em:https://sisaps.saude.gov.br/sisvan/relatoriopublico/index#
CHONCHAIYA, W; PRUKSANANONDA, C. Television viewing associates with delayed language development. Acta Pediatrica, King Chulalongkorn Memorial Hospital, Faculty of Medicine, Chulalongkorn University, Bangkok, Tailândia v. 97, n. 7, p. 977- 982, 2008.
COSTA, I., et al. Impact of Screens on Child Neuropsychomotor Development: a narrative review. Brazilian Journal of Health Review, v.4, n.5, p. 21060-21071, sep./oct., 2021
DUARTE, F., et al. A importância do sono na saúde do adolescente: uma revisão integrativa. Lecturas: Educación Física y Deportes, vol. 24, n. 260, 2020.
FIGUEIRO MG, et al. The impact of light from computer monitors on melatonin levels. Neuroendocrinol Lett, p. 63-158, 2011.
Apontamentos
- Não há apontamentos.
JNT - Facit Business and Technology Journal
ISSN 2526-4281