RECONSTRUÇÃO MANDIBULAR APÓS PAF (FERIMENTO POR ARMA DE FOGO) - UMA REVISÃO DE LITERATURA

Siherly Christina Almeida RODRIGUES, Julia Monteiro Fabrício SKRIVAN

Resumo


Introdução: A reconstrução mandibular após ferimento por arma de fogo representa um dos maiores desafios da cirurgia bucomaxilofacial devido à gravidade das lesões, à complexidade anatômica envolvida e à necessidade de restaurar função e estética facial. O presente estudo teve como objetivo revisar as principais técnicas cirúrgicas e os materiais empregados na reconstrução mandibular, analisando suas indicações, vantagens e limitações, com foco na melhoria dos resultados clínicos e funcionais. Método: Foi realizada uma revisão bibliográfica integrativa com base em publicações científicas disponíveis entre 2020 e 2025, selecionadas nas bases de dados PubMed, SciELO, Google Scholar e LILACS. Foram incluídos estudos clínicos e revisões sistemáticas que abordaram reconstruções mandibulares em casos de trauma por arma de fogo. As técnicas avaliadas incluem o uso de placas de titânio, enxertos ósseos autógenos, materiais biocompatíveis e recursos digitais como tomografia tridimensional e impressão de protótipos. Conclusão: A reconstrução mandibular pós-trauma balístico requer planejamento individualizado, considerando a extensão da lesão, as condições do paciente e a estrutura disponível. Os enxertos ósseos autógenos vascularizados, como o da fíbula, demonstraram superioridade em reconstruções extensas, oferecendo melhor suporte funcional e estético. O uso de tecnologias digitais contribui para maior precisão cirúrgica, embora ainda não esteja amplamente disponível em todos os contextos. A atuação de equipes multidisciplinares, aliada à padronização de protocolos baseados em evidências, é essencial para o sucesso do tratamento e reabilitação do paciente.

Palavras-chave: Reconstrução Mandibular. Ferimentos por arma de fogo. Enxerto Ósseo. Biomateriais.


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Referências


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