Acidente com material biológico na graduação: o que fazer?

Cristilene Caroline Vieira Fortes, Caroline Alves Sousa, Ana Lúcia Roselino Ribeiro, Fernanda Villibor Xavier

Resumo


Os acidentes com materiais pérfuro-cortantes são rotineiros e oferecem risco na Odontologia pela possibilidade de transmissão ocupacional de micro-organismos patogênicos veiculados pelo sangue, como o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), Vírus da Hepatite B (HBV) e Vírus de Hepatite C (HCV). O objetivo deste trabalho foi apresentar o fluxograma de atendimento ao aluno de Odontologia de Araguaína-TO, vítima de acidente com exposição à material biológico (AEMB), com a finalidade orientar sobre a conduta a ser tomada frente a acidentes dessa natureza na clínica odontológica. Para a confecção do fluxograma, foram consultados livros de biossegurança, o manual do Ministério da Saúde (MS) e o protocolo de Atenção e Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins. Todas as fontes consultadas relataram que a vítima de AEMB deve procurar seguir o fluxograma proposto em tempo hábil, preferencialmente até 2 horas após o ocorrido. O aluno de graduação deve manter a calma e avisar imediatamente ao professor do ocorrido que o encaminhará para o Hospital de Doenças Tropicais de Araguaína (HDT). O médico plantonista irá tomar as medidas profiláticas, notificar o acidente no SINAN e solicitar o teste rápido de HIV com a finalidade de impedir o início ou a manutenção desnecessária do esquema profilático anti-HIV. As quimioprofilaxias contra HBV e HIV devem ser iniciadas até duas horas após o acidente, podendo em casos extremos, ser realizada em até 72 horas a quimioprofilaxia contra HIV e até 1 semana para a profilaxia contra o HBV.

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