O SOFRIMENTO DO POVO A’UWEXAVANTE NA PANDEMIA DA COVID-19
Resumo
Esse artigo é fruto de uma pesquisa de iniciação científica, cujo objetivo foi mensurar as publicações sobre educação indígena do período de 2020-2022, aproximando a discussão para a temática em questão. Nesse texto, buscamos compreender sobre o sofrimento causado ao povo originário indígenas Xavante durante o ano de 2020 em decorrência da pandemia da COVID-19 pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). Encarada como um dos maiores desafios sanitários do século e com proporções globais, com alta disseminação e severa mortalidade principalmente às populações mais vulneráveis. É a partir de conceitos como o sofrimento na perspectiva da psicanálise, vulnerabilidade no âmbito da saúde, que o presente artigo se posiciona. Nosso lugar de fala é de não indígena, inseridas num contexto universitário de convívio constante com indígenas, mais especificamente indígenas Xavante e seus familiares. As incertezas sobre o vírus, associada às restrições de mobilidade, e a falta de proximidade afetiva, pôde levar a população a um sofrimento nunca antes experimentado neste século. Os indígenas foram acometidos pelo vírus de forma brutal, sem recursos para recorrer à saúde de qualidade, tomados por medos, numa condição de descaso e desmonte dos órgãos oficiais, além de conflitos por territorialidade, devido a sua diversidade fundiária e a luta por reconhecimento de suas terras. Discutimos quais as tensões desta situação social e que reflexões podem ser feitas em defesa da preservação destes povos, de sua cultura, ancestralidade, territórios e vida.
Palavras-chave: Indígenas. Pandemia. Sofrimento.
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