POESIA INDÍGENA DO TOCANTINS: ASPECTOS CULTURAIS

Resumo

Este artigo surge a partir da disciplina “Tópicos em Literatura de Língua Portuguesa e Ensino: poesia (60h/a)”, ministrada pela professora Doutora Eliane Cristina Testa, no Programa de Pós-graduação em Letras: Ensino de Língua e Literatura – PPGL/UFT – TO, em que se propôs um trabalho mobilizado de teoria e de prática com o texto poético. O foco do artigo é discutir aspectos socioculturais do povo Xerente e Karajá, bem como analisar os poemas produzidos pelos alunos indígenas vinculados ao referido Programa de Pós-graduação stricto-sensu participantes na disciplina. Metodologicamente, é um estudo qualitativo de viés bibliográfico e etonográfico. Como fundamentação teórica adotamos os seguintes autores: Albuquerque e Karajá (2016), Xerente e Albuquerque (2020) Graúna (2012, 2013), Baniwa (2016), Cesarino (2018), Geraldim (2002), Conh (2001), Kambeba (2018), Jehupé (2018), dentre outros autores que tratam da temática em questão. Apontamos como alguns resultados, mas sem pretensões de esgotar as possíveis leituras poéticas, que os poemas analisados implicam diferentes contextos socioculturais de pertencimentos, de reconhecimento de identidades e de subjetividades diversas. Assim, os poemas desvelam o mundo indígena desde a questão da territorialidade até às expressões mais profundas dos sentimentos, tal qual o amor e suas várias facetas.

Palavras-chave: Literatura indígena. Poesia indígena. Povo Xerente. Povo Karajá.