ULECTOMIA COMO OPÇÃO CIRÚRGICA NO RETARDO DA IRRUPÇÃO DENTÁRIA EM CRIANÇA: RELATO DE CASO CLÍNICO

Resumo

Na dentição decídua podem ocorrer algumas alterações que interferem no processo de irrupção dentária. Com o objetivo de permitir um caminho livre para esse dente vir ocupar sua posição no arco dentário, o cirurgião-dentista pode realizar um procedimento cirúrgico, denominado ulectomia, que consiste na exérese dos tecidos que revestem a face incisal ou oclusal da coroa dentária de um dente decíduo ou permanente não irrompido. Paciente do gênero masculino, 08 anos de idade, procurou atendimento odontopediátrico na clínica odontológica do Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos (UNITPAC), queixando-se da ausência do dente 11. Durante a anamnese, constatou-se ausência de alterações sistêmicas e não foi relatada nenhuma anormalidade que pudesse ocasionar esse retardo. Foi ainda relatado pela mãe, que ele apresentava dificuldades de relacionamento com outras crianças da mesma idade, pois todas já possuíam os dentes irrompidos ou em irrupção. Durante o exame clínico intrabucal, verificou-se que o referido dente apresentava- se coberto por uma espessa lâmina de tecido gengival com coloração mais pálida na área correspondente ao bordo incisal do elemento 11 e, que ao toque, evidenciava a coroa do dente não irrompido. Após realização da radiografia periapical na região, foi verificada a presença do elemento dental retido apenas por tecido gengival, sem resquícios ósseos, e a não completa formação radicular. Optou-se então, pela ulectomia como melhor forma de tratamento para esse caso, seguida da proservação da irrupção do elemento dentário. Portanto a ulectomia constitui uma terapia conservadora importante para a irrupção de alguns dentes, devendo haver o correto planejamento e a indicação adequeada.

Palavras-chaves: Cirurgia menor. Erupção dentária. Odontopediatria.