O SOTAQUE DE BRASÍLIA: BREVES DESCRIÇÕES ETNOGRÁFICAS DO INVENTÁRIO CONSONANTAL

Newton Vieira LIMA NETO

Resumo


Este artigo é um recorte de uma pesquisa maior materializada em Lima Neto (2018). Conduzida à luz da Sociolinguística Etnográfico-interacional (HYMES, 1974; BELL, 2014), a investigação se dispõe a fornecer breves descrições etnográficas do inventário consonantal do português falado em Brasília. Para isso, foram elencadas sete famílias de duas Regiões Administrativas (RAs) do DF, quais sejam: o Plano Piloto (RA-I) e o Gama (RA-II), com membros das duas primeiras gerações da capital federal. Como metodologia, o estudo recorre aos pilares da a Etnografia da Comunicação (HYMES, 1974) e da Autoetnografia (HAYANO, 1979), com dados gerados a partir de entrevistas narrativas/semiestruturadas. O enfoque linguístico recaiu sobre a realização do /s/ pós-vocálico, embora outros fenômenos do inventório consonantal tenham sido observados qualitativamente. Nas duas RAs observou-se que os falares da primeira geração parecem estar associados a um processo de difusão dialetal, aqui entendida como difusão candanga, enquanto as falas da segunda parecem se encontrar num estágio de focalização dialetal, ou focalização brasiliense, (LE PAGE, 1980; BORTONIRICARDO, [1985](2011)) bem encaminhado.

Palavras-chave: Brasília. Falar candango. Sotaque de Brasília. Focalização dialetal.


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Referências


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