DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS E SEUS EFEITOS NA SAÚDE BUCAL: EVIDÊNCIAS DE UMA RELAÇÃO BIDIRECIONAL

Ann Beatriz Alves BARROS, Byanka Laryssa Silva ALVES, Graciele Cristina Rodrigues MAFRA, Amujacy Tavares VILLHENA

Resumo


O presente estudo aborda a relevância da saúde mental, com foco nos transtornos de ansiedade e depressão, como fatores de risco para a saúde bucal. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), esses transtornos representam um problema crescente de saúde pública, particularmente após a pandemia de COVID-19. A pesquisa investiga a relação bidirecional entre doenças psicossomáticas e saúde bucal, destacando como essas condições afetam os hábitos de higiene oral e contribuem para doenças bucais. O objetivo do estudo consiste em analisar a interação entre transtornos emocionais e saúde bucal, destacando a importância da intervenção odontológica no cuidado de pacientes com transtornos mentais. Trata-se de uma revisão de literatura realizado em bases como Google Acadêmico, PubMed e SciELO, selecionando nove estudos relevantes entre 2017 a 2024, com termos-chave relacionados à saúde mental e bucal. Dois núcleos temáticos foram estabelecidos: Núcleo 1: Doenças psicossomáticas como fator de risco para a saúde bucal. Núcleo 2: Problemas bucais e sua relação com o surgimento de doenças psicossomáticas. Os resultados indicam que pacientes com transtornos mentais graves apresentam índices elevados de cárie, edentulismo e problemas periodontais, além de uma higiene bucal inadequada. A pesquisa reforça a conexão intrínseca entre saúde mental e bucal, sugerindo a necessidade de estratégias multidisciplinares para o bem-estar dos pacientes. Conclui-se que intervenções integradas são essenciais, especialmente para pacientes vulneráveis aos efeitos das doenças psicossomáticas.

Palavras-chave: Ansiedade. Depressão. Saúde Bucal. Saúde Mental.


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