NECROPOLÍTICA EM TEMPOS DE PANDEMIA: A GESTÃO SELETIVA DA MORTE DURANTE A COVID-19 EM ARAGUAÍNA (TO)
Resumo
A pandemia covid-19 expôs desigualdades estruturais nas sociedades e revelou a fragilidade dos sistemas de saúde. Utilizando o conceito de necropolítica, proposto por Achille Mbembe, o autor destaca como as decisões soberanas determinam quais populações são consideradas "vivíveis" e quais são abandonadas à morte. A necropolítica, ampliando a biopolítica de Michel Foucault, mostra que o poder do Estado não apenas controla a vida, mas também regula a morte, tratando certos grupos como descartáveis. O objetivo do presente estudo é investigar como a pandemia revelou essa lógica necropolítica, especialmente em relação as populações vulneráveis da cidade de Araguaína, no estado do Tocantins, e como as políticas públicas implementadas durante a crise refletiram e reforçaram essas desigualdades.
Palavras-chave: Necropolítica. Desigualdades. Populações vulneráveis.
Texto completo:
PDFReferências
AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer: Sovereign Power and Bare Life. Stanford University Press, 1998.
AGAMBEN, Giorgio. A produção da morte: reflexões sobre a pandemia e o controle social. Edições Sem Fronteiras, 2020.
ALMEIDA, Silvio. Racismo Estrutural. Sueli Carneiro, 2020.
BROWN, Wendy. Undoing the Demos: Neoliberalism’s Stealth Revolution. MIT Press, 2015.
FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade: curso no Collége de France (1975 – 1976). Tradução de Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Araguaína. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/to/araguaina/panorama. Acesso em 12 de Abril de 2024.
Apontamentos
- Não há apontamentos.
JNT - Facit Business and Technology Journal
ISSN 2526-4281