VIOLÊNCIA AUTOPROVOCADA: EPIDEMIOLOGIA EM UM ESTADO DA REGIÃO NORTE DO BRASIL
Resumo
Objetivo: descrever o perfil epidemiológico das notificações de violência autoprovocada no estado do Tocantins no período de 2012 a 2023. Metodologia: estudo retrospectivo, descritivo e quantitativo, utilizando-se banco de dados secundários. A amostra foi de 11.336 casos notificados de lesões interpessoal/autoprovocadas no período de 2012 a 2023 do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), via Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As variáveis congregadas foram: ano de ocorrência, idade dos pacientes, lesão provocada pela própria pessoa, sexo, município, escolaridade, raça, evolução do caso, local de realização do ato, mortalidade e meio utilizado. Resultados: registaram-se 11.336 casos de auto violência, evidenciando uma crescente incidência ao longo do período do estudo. Verificou-se maior predominância no sexo feminino (68,31%), especialmente entre jovens de 20 a 29 anos. Quanto à escolaridade, os indivíduos com ensino médio completo representaram a maior proporção de casos. Observou-se, ainda, que a maioria dos registros envolvia pessoas autodeclaradas pardas (80,89%), sendo a residência o principal local de ocorrência (86,22%) e o envenenamento o principal meio utilizado. No que tange à evolução dos casos, 12,71% resultaram em óbito, demonstrando a gravidade do agravo e a urgência de medidas preventivas. Conclusão: o perfil epidemiológico da lesão autoprovocada no Tocantins demonstra aumento dessa problemática com aumento de 76% no número de casos de 2020 a 2023. Isso reforça a importância do fortalecimento das políticas públicas de saúde mental e da capacitação dos profissionais de saúde frente a essa problemática.
Palavras-chave: Epidemiologia. Saúde Pública. Violência autoprovocada.
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PDFReferências
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