EFEITO DA CALAGEM E GESSAGEM NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DO MILHO EM SOLOS DISTRÓFICOS DO CERRADO

Hidervan Costa da SILVA, Daiene Isabel da Silva LOPES, Durval Nolasco das Neves NETO

Resumo


A acidez e a toxicidade por alumínio (Al³⁺) em solos distróficos são fatores limitantes para a produtividade agrícola no Cerrado. Este trabalho, conduzido no Centro Universitário Unitpac em Araguaína - TO, teve como objetivo avaliar os efeitos da calagem e da gessagem no desenvolvimento inicial de plantas de milho (Zea mays L.). O experimento foi conduzido em vasos utilizando um delineamento com quatro tratamentos: T1 (Areia lavada - controle sem nutrientes); T2 (Solo com cascalho sem correção); T3 (Solo corrigido com calcário); e T4 (Solo corrigido com calcário e gesso). Foram avaliados o comprimento do sistema radicular e da parte aérea, bem como o peso seco de raiz, colmo e folhas aos 37 dias após o plantio. O tratamento T1, embora tenha apresentado o maior comprimento radicular (63,0 cm) devido à busca por nutrientes, resultou em plantas com o menor desenvolvimento da parte aérea e acúmulo de biomassa. Os tratamentos com correção (T3 e T4) foram estatisticamente superiores aos demais em termos de comprimento foliar e peso de biomassa. O tratamento T4 (calcário + gesso) apresentou os maiores valores numéricos para peso de raiz (53,14 kg ha⁻¹), colmo (24,40 kg ha⁻¹) e folhas (24,01 kg ha⁻¹), indicando um benefício adicional da gessagem na melhoria do ambiente radicular. Conclui-se que a correção do solo com calcário é fundamental para o desenvolvimento inicial do milho, e a adição de gesso potencializa o acúmulo de biomassa, promovendo um sistema radicular mais robusto.

Palavras-chave: Zea mays L. Acidez do solo. Toxicidade por alumínio. Calagem. Gessagem.


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Referências


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