ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE TIJOLO SOLO-CIMENTO CONVENCIONAL E COM ADIÇÃO DE FIBRA VEGETAL (BUCHA)

Jean Carlos Lemes MIRANDA, João Guilherme Saraiva Teixeira SANTOS, Indira Queiroz Macambira BEZERRA

Resumo


Este trabalho apresenta uma análise comparativa entre tijolos de solo-cimento convencionais e tijolos de solo-cimento reforçados com fibra vegetal (bucha/Luffa). Com base em normas técnicas da ABNT (notadamente NBR 10833 e NBR 8492) e em evidências experimentais reportadas na literatura, o estudo avalia procedimentos de produção, exigências de cura e indicadores de desempenho, como resistência à compressão e absorção de água. Os resultados indicam que os tijolos de solo-cimento convencionais geralmente alcançam maior resistência à compressão (cerca de 2,8-3,7 MPa), mantendo a absorção de água dentro dos limites normativos (≤ 20%). Em contrapartida, a adição de fibra de bucha tende a reduzir a resistência à compressão à medida que o teor de fibra aumenta (por exemplo, em torno de 1,55 MPa sem fibra para aproximadamente 0,30 MPa com 10% de fibra), embora os valores de absorção permaneçam aceitáveis (aproximadamente 9,7–10,35%). Do ponto de vista da engenharia, os achados sugerem um uso complementar de ambos os materiais: os tijolos convencionais são mais adequados para aplicações estruturais, enquanto os tijolos com fibras mostram potencial para vedações não estruturais e construção bioclimática, devido a possíveis ganhos no comportamento térmico e redução de densidade. No geral, ambas as soluções favorecem a construção sustentável por dispensarem a queima e por permitirem o uso de solos locais e resíduos de biomassa renovável, alinhando-se a princípios de economia circular e a metas ampliadas de sustentabilidade.

Palavras-chave: Tijolo solo-cimento. Reforço com fibra vegetal. Fibra de bucha (Luffa). Resistência à compressão. Construção sustentável.


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Referências


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