EDUCAÇÃO GEOGRÁFICA E CONSCIÊNCIA TERRITORIAL NA ÁREA DE TRANSIÇÃO CERRADO–AMAZÔNIA

Resumo

O artigo investiga como práticas de ensino de Geografia contribuem para a construção da consciência territorial entre estudantes que vivem nessa zona ecológica híbrida e ambientalmente sensível. Com base em uma abordagem qualitativa, de caráter descritivo e exploratório, o estudo analisa percepções, saberes locais e representações espaciais produzidas por alunos e professores, buscando compreender de que maneira o território é vivido, interpretado e ressignificado no contexto escolar. A área de transição Cerrado–Amazônia apresenta especificidades sociais, econômicas e ambientais que exigem uma educação geográfica sensível às dinâmicas do bioma, às mudanças provocadas por atividades antrópicas e aos desafios relacionados à preservação dos recursos naturais. O artigo discute como metodologias participativas, análise cartográfica, observação do lugar e problematização socioambiental favorecem a leitura crítica do espaço e estimulam o desenvolvimento do pertencimento territorial. Os resultados apontam que práticas pedagógicas contextualizadas fortalecem a compreensão do território como construção histórica e socioambiental, ampliando a capacidade dos estudantes de reconhecerem conflitos, potencialidades e responsabilidades associadas ao espaço que habitam. Conclui-se que a educação geográfica desempenha papel fundamental na formação de sujeitos conscientes, capazes de atuar na defesa e gestão sustentável desse território singular.

Palavras-chave: Educação Geográfica. Consciência Territorial. Cerrado–Amazônia. Ensino de Geografia. Território.