TRATAMENTO DA OSTEOARTRITE NA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR COM O ÁCIDO HIALURÔNICO COM ENFOQUE NEUROBIOLÓGICO

Maria Clara Nunes MARCELINO, Ricardo Kiyoshi YAMASHITA

Resumo


O trabalho aborda a osteoartrite na articulação temporomandibular (ATM) como uma condição degenerativa que afeta tanto os componentes estruturais da articulação quanto por consequência os mecanismos neuronais envolvidos na dor e na inflamação crônica. A partir da perspectiva da neurobiologia, destaca-se o papel de vias nociceptivas centrais e periféricas, como a sensibilização central, a liberação de neurotransmissores (como glutamato e substância P) e a ativação da microglia, que contribuem para a persistência da dor crônica. O ácido hialurônico (HMW-HA), amplamente utilizado em terapias intra-articulares de forma injetável, exerce não apenas função mecânica como lubrificante e amortecedor, mas também modula respostas inflamatórias e neurossensoriais em resposta. Evidências apontam que o ácido hialurônico (AH) de alto peso molecular reduz a atividade de mediadores inflamatórios, inibe enzimas como metaloproteinases e pode interferir nos receptores de dor, atenuando a transmissão nociceptiva e reduzindo a sensibilização neuronal. Estudos experimentais e clínicos demonstram melhora funcional da articulação temporomandibular (ATM), redução de dor e resposta tecidual benéfica após a aplicação de ácido hialurônico (HMW-HA). Portanto, o uso de ácido hialurônico (AH) de alto peso molecular atua na preservação da integridade da matriz extracelular e na modulação neuro inflamatória, tornando-se uma alternativa terapêutica para a osteoartrite na articulação temporomandibular (ATM).

Palavras-chave: Disfunção Temporamandibular. Osteoartrite. Ácido Hialurônico.


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Referências


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