Condição das escovas dentais de crianças internadas com Leishmaniose Visceral

João Nivaldo Pereira Gois, Renata de Oliveira Guaré, Ana Lúcia Roselino Ribeiro, Luiza Abreu de Oliveira, Fernanda Villibor Xavier

Resumo


A escovação dental é o método mais comum e universalmente aceito para controle do biofilme dental e, por consequência, das principais patologias  bucais placa-dependentes. Entretanto, se não for limpa e armazenada em local correto pode ser uma fonte de micro-organismos. O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento sobre a condição da escova dental utilizada por crianças internadas para tratamento de Leishmaniose Visceral (LV) no Hospital de Doenças Tropicais de Araguaína (HDT). A presente pesquisa está inserida em um projeto multicêntrico aprovado pelo Comitê de Ética sob o protocolo CE/UCS-037/2014. Foi questionado ao responsável legal da criança se a mesma possuía escova dental e se ele desejava trocar a escova utilizada por uma nova escova. Foram entrevistados os responsáveis legais de 20 crianças no período de maio a outubro de 2014 que aceitaram colaborar com a pesquisa por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Ao receber a escova, o cirurgião-dentista (CD) avaliou os seguintes parâmetros da escova: condições de higiene (presença ou ausência de sujidade visível) e grau de funcionalidade das cerdas (cerdas paralelas ou divergentes). Dos responsáveis entrevistados, 75% (15) relataram que estavam de posse das escovas dentais de seus filhos. Das 15 escovas avaliadas, 40% (6) apresentavam sujidade visível e 60% (9) estavam em bom estado de higiene. Em relação às cerdas, 73,3% (11) das escovas apresentavam cerdas divergentes (abertas) caracterizando perda da funcionalidade para remoção de biofilme sendo necessária sua substituição. A presença do CD em ambiente hospitalar contribui para orientações de saúde bucal e controle de biofilme.

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